Extraviadas cabeças de conquistas distintas
Podres os Homens a pão e nada.
Escravizados ao desencanto,
Exímios na arte da lida cansada.
Inaugura há pouco o alvorecer,
E já enfadados, os corpos arrastam trabalho rude...
O sol vai encorajando a fraqueza do ofício,
Aos pálidos rostos isentos de vontade e atitude.
Intransigente costume, a que nós, povo resignado,
Contemplamos cada dia pela força do hábito,
Pela demanda silenciosa da indisciplina oprimida
De quem tudo perde por tudo querer.
Mas que original culto obriga o ganha-pão?
Distante de porquês aborrecidos e de respostas fatigantes,
Vão sendo Homens e Mulheres simplesmente
Que dessa condição nada extraem senão a fuga de viver!
O sol, esse, já se distância do ofício
E a sombra trás a falsa verdade esquecida no tempo.
Mas que viver este de fastio e rotina?
Quando o amanhã anuncia pouco mais do mesmo emprego!
A escuridão desperta num ápice...
E o encoberto aponta para o percurso já trilhado pelo amanhã.
Homens e Mulheres capazes de dignos feitos
Vão sendo calejados pela cegueira do voltar a “ter que Ser”!
Sem comentários:
Enviar um comentário