quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A sustentável leveza do Não Ser


... E o silêncio bruto com que te firo esta manhã, são gritos lancinantes que atiro ao vento, na esperança que no arrepio do fim de tarde, não sejas tontura febril no inicio de madrugada.

No querer não te ver nos meus dedos. Na minha nuca. Na minha pele.
Mas principalmente nas minhas palavras.
Na minha boca.

E se ainda assim viveres no meu corpo, abandono-me ao tempo e à sorte numa rua perdida desta cidade, rugindo para ninguém um delírio suplicante:

«Dispam-me de mim e deixem-me ser alma;
Calem-me o amor e deixem-me ser nada...»




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