segunda-feira, 30 de junho de 2008

Um todo e...fragmentos


No sossego da minha ignorância,

Sólidos pensamentos meditam no espaço brando da reflexão.

Robusta esperança, esta, de ser livre,

Tornar a racionalidade serva de emancipação.

- Qual a justa medida que procuro? Entre cada fragmento, qual deles diz mais de mim?


Que demanda tão podre e estéril,

Fecundando pensamentos inauditos à razão.

Espreitar a cor da liberdade em sinuosas sombras

É quebrar no pleno da certeza de existir,

Mas em que existência, eu ainda creio, se ainda consigo sentir?

Na de índole interna, ou no efeito fiel do disfarce?

- Sempre que "disse"...porque fragmento o fiz?


Quero continuar a respirar por entre este estouvado percurso,

Continuar a obedecer ao frenesi das minhas indecisões.

Desejando a liberdade, mas amando razão

Ainda que desconhecendo o final em tamanha agitação.

Vou consumindo o tempo que é terminante,

Pouco a pouco desprezando a aptidão de discernir,

Ainda assim, menos livre que a pouco,

Temporalmente reiterando o poder de sentir.


- Não sei se já sou capaz. Não sei por quem já sou!


A essência, talvez, não seja a liberdade ou a razão,

O âmago está antes no acordo volúvel das forças.

O poder de criar livremente narrado pela razão

Germinando a capacidade mais pura de todas...

A capacidade de sentir…fechando os olhos e buscando cada paisagem, para além, da razões brutas e liberdades exaltadas.

Nasçamos de novo, vivamos outra vez!

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