No sossego da minha ignorância,
Sólidos pensamentos meditam no espaço brando da reflexão.
Robusta esperança, esta, de ser livre,
Tornar a racionalidade serva de emancipação.
- Qual a justa medida que procuro? Entre cada fragmento, qual deles diz mais de mim?
Que demanda tão podre e estéril,
Fecundando pensamentos inauditos à razão.
Espreitar a cor da liberdade em sinuosas sombras
É quebrar no pleno da certeza de existir,
Mas em que existência, eu ainda creio, se ainda consigo sentir?
Na de índole interna, ou no efeito fiel do disfarce?
- Sempre que "disse"...porque fragmento o fiz?
Quero continuar a respirar por entre este estouvado percurso,
Continuar a obedecer ao frenesi das minhas indecisões.
Desejando a liberdade, mas amando razão
Ainda que desconhecendo o final em tamanha agitação.
Vou consumindo o tempo que é terminante,
Pouco a pouco desprezando a aptidão de discernir,
Ainda assim, menos livre que a pouco,
Temporalmente reiterando o poder de sentir.
- Não sei se já sou capaz. Não sei por quem já sou!
A essência, talvez, não seja a liberdade ou a razão,
O âmago está antes no acordo volúvel das forças.
O poder de criar livremente narrado pela razão
Germinando a capacidade mais pura de todas...
A capacidade de sentir…fechando os olhos e buscando cada paisagem, para além, da razões brutas e liberdades exaltadas.
Nasçamos de novo, vivamos outra vez!